domingo, 25 de abril de 2010

Entre pernas, passos e tropeços a gente vai deixando algumas coisas pelo caminho e encontrando outras. O que não pode é se subtrair. O processo tem que ser de acréscimo, sempre. Nada é tão definitivo assim e a gente nunca É, a gente ESTÁ. Sempre digo que quem se aprofunda nas coisas, quem mergulha, sabe exatamente o gosto que tem o alimento cru porque não se contenta com o que está pronto posto sobre a mesa. A gente vai experimentando aqui e acolá, vai sentindo o ritmo, o tempo, tendo cuidado com algumas coisas e desrespeitando as placas de aviso de perigo. A gente cai, levanta, chora, celebra. A gente vive. A gente se conhece através das reações dos outros a nós mesmos. A gente se trabalha ou estagna, regride ou evolui. A escolha é sempre nossa. Tal como as consequências. A gente resolve se entregar quando é tarde pra descobrir que pra respeitar o nosso próprio tempo, é preciso lembrar e ter o mesmo respeito pelo tempo do outro. E q muitas vezes, pra ser honesto, é preciso se correr um risco o qual não queremos. Mas a gente corre. A gente aprende q...A vida real, muitas vezes, nos é apresentada pulsante, em carne viva, sem maquiagem. Com as veias todas à mostra. O que pode ser desagradável de se ver ou emocionante como um parto...O q posso dizer é q existem na vida pessoas sedutoras e seduzíveis por quem nos apaixonaremos "definitivamente" todos os dias...e que amaremos "para sempre" hoje! Sei que os grandes relacionamentos q tive foram os que me renderam as melhores metáforas. Que me despertaram uma vontade constante de ser uma pessoa cada vez melhor e mais inteira. Que me deram colo e não conselho e beijo na boca quando o silêncio ainda era a melhor resposta. Algumas dessas pessoas se foram antes que eu pudesse lhes contar uma história bonita e eu chorei feito menino. Outras ficaram até descobrir que uma caixa de biz era o melhor presente q eu poderia ganhar no meio de uma tarde triste...Outras, ainda, me cobraram respostas demais. Mas todas essas pessoas me desenvolveram e isso ficou comigo; são minhas porque faziam parte do meu potencial amoroso e elas vieram só pra me conduzir ao melhoramento do meu amor. Hoje o meu grau de exigência aumentou muito porque aprendi q dar amor não é a mesma coisa q dar carência. Por isso fico sozinho pelo tempo q for necessário para ter novamente essa sensação de "encontro". Abandonei um monte de certezas, recuso sem pudor algumas regras e desrespeito várias vezes as placas de aviso de perigo. Me divirto muito ou sofro, mas tenho cada vez mais faisquinhas nos olhos por viver as coisas em sua totalidade, sem recusar experiências e aproveitando diversas possibilidades. Agora, tem um lado muito romântico meu q diz q a "tal pessoa" virá e enroscará uma margaridinha nos meus cabelos fazendo pousar no meu rosto o sorriso de um beija-flor..."

É isso. Pule no tal abismo quando seu coração bater tão forte que só te restará pular. Vc só vai saber se fez a coisa certa, fazendo-a. Só se pode falar do que se conhece e não há como conhecer pela superfície, é preciso tocar verdadeiramente nas coisas e então, se deixar ser tocado por elas. O importante é lembrar que a escolha é sempre nossa e que no momento em que tudo nos foge ao controle é porque chegamos na parte mais importante do aprendizado. Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... E que não fiquemos condicionados por experiências anteriores -- há sempre uma oportunidade de surpresa, mas teremos que estar abertos a isso. Nada é tão definitivo.

"Que a minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que mereço/ Que a tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada / Porque metade de mim é o que penso / A outra metade é um vulcão."

Nenhum comentário:

Postar um comentário